Poesia Assimétrica - Juliana Andreotti de Barros (Julho de 2012)
Nem todo mundo tem a oportunidade de viver um grande amor.
Eu já tive. Pela sorte ou pelo azar.
Eu já vivi um grande amor, daqueles que fazem você perder todos os fios de cabelo, secar todas as lágrimas dos olhos, comer todos os chocolates da sua casa e assistir todos os filmes água com açúcar que passam na Tevê.
Eu já vivi um grande amor que me levou a loucura da sanidade. Que me fez perder peso. Que me fez ganhar o céu. Que me levou até a lua sem ao menos ter tirado meus pés do chão.
Eu já vivi um grande amor, cujo drama poderia ser roteiro de novela mexicana.
Eu já vivi um grande amor com direito a dias ensolarados com chuvas torrenciais. Com direito a mais altos que baixos. Com direito a mais beijos que lágrimas. Com direito a mais açúcar que limão.
Eu já vivi um grande amor, daqueles que causam inveja nos casais alheios. Daqueles que todos comentam na fila do supermercado. Daqueles que todos espiam com olhos virados.
Eu já vivi um grande amor, do tipo que eu desejaria pra todo mundo e pra ninguém. Do tipo que eu recomendaria pra um amigo e pra um inimigo.
Eu já vivi um grande amor. Pela sorte ou pelo azar. Pela sorte de ser amada e pelo azar de amar demais. Pela sorte de ser idolatrada e pelo azar de idolatrar demais. Pela sorte de ser querida e pelo azar de querer demais.
Eu já vivi um grande amor. Pela magia ou pela dor. Pelos dias que se tornaram lindos e por outros que ainda pretendo não lembrar. Pela magia do primeiro beijo e pela dor do primeiro adeus.
Eu já vivi um grande amor. E não sei se Deus permitirá que eu viva outro assim jamais. Um grande amor não é ordinário, não acontece com qualquer pessoa, nem tem origem em qualquer lugar.
Eu já vivi um grande amor. E se pudesse faria tudo de novo - um grande amor pode até te deixar louco - mas eu faria tudo de novo e sem pensar.
Eu já vivi um grande amor. Quando envelhecer contarei em segredo pra minha netinha o quanto vale entregar seu coração sem medo de se machucar.
Eu já vivi um grande amor. E se pudesse faria tudo de novo. Um grande amor é mais escasso que ouro. E mesmo quando machuca, se é amor correspondido - é o sentimento mais bonito - e vale a pena o coração sangrar.
Eu já vivi meu grande amor.
A autora.
Realmente existem coisas que não se sabe explicar, e é impossível definir... Uma destas coisas é o amor... Feliz daquele ou daquela, que sem medo se lançou de peito aberto, sem medo de errar à procura do amor. É algo que só sabe quem vive, quem sente... Até o amor não correspondido é melhor que nunca ter amado... essa "dor que desatina sem doer"
ResponderExcluirBjssss
valeuuuu De!!! e obrigada pelas palavras no e-mail tb!!!!
Excluirbeijos
sempre de parabéns Juju
ResponderExcluirsua poesia é linda
mutcho bom! SENSIBLIDADE SEM IGUAL
ResponderExcluirRicardo