Lei do desapego – a nova fórmula para se apaixonar! (por Juliana Andreotti de Barros, outubro de 2013)
“To praticando a Lei do Desapego”. “Não sou de ninguém. Eu
sou de todo mundo. E todo mundo é meu também”. Beijar na boca, pode! Fazer
gostoso, pode! E se apaixonar? Não pode!”.
Estas frases, entre outros versículos musicais manjados,
estão bombardeando as timelines dos solteiros de plantão (e dos compromissados
de plantão, também!). É um tal de “pega, mas não se apega!”, que eu mesma
cheguei a cair nesse conto do vigário: ficar, mas não se apaixonar.
Depois de algum tempo - quando nos encontramos no lado negro
da oposição - é inevitável não olhar com outros olhos os dilemas estabelecidos
por uma sociedade que não acredita mais no amor. É fácil dizer “vamos beijar,
vamos para a cama, mas não vamos nos apaixonar”. Difícil é estabelecer o
período quase imperceptível onde você passou a morrer de amores pelo lado
rival.
Há o lado bom do “descompromisso”?
Sim, e eu mesma poderia citar vários. Mas os anos de experiência me mostraram
que não há desprendimento que pague um abraço apertado, um sorriso estampado nos
lábios (ainda mais porque você é o motivo dele!), um beijo apaixonado, uma tarde no parque
andando de mãos dadas, um filminho no cinema em pleno sábado a noite.
A Lei do Desapego praticada por Thiago Brava. A liberdade de
ser de ninguém pregada pelos Tribalistas. O “Tudo Pode” (mas nada posso!)
intitulado por Sertanejeiros. Entre outros (tantos outros!) são ideais
passageiros e – EXPERIÊNCIA PRÓPRIA – ridiculamente enganosos. A verdade,
diga-se de passagem, é que eu sou uma poeta a favor do “mimimi”,
embora tenha praticado a ferro e fogo as pregações de Thiago Brava.
O “ser de ninguém” é tão vantajoso quanto um pão sem
manteiga. Até certo ponto a gente se engana dizendo que aquele pão murcho e
seco está saboroso. Mas quem é que quer tomar café da manhã com pão murcho e sem
manteiga pro resto da vida?!
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