Aproveitando que a inspiração mórbida está a cem por hora! Mais uma poesia para meu mundo sem rimas
Paixão póstuma em ascensão - Por Ana Mohan (setembro de 2013)
"Eu queria me perder no seu sorriso
Mergulhar de cabeça no profundo dos teus olhos famintos
Olhos que mudam de cor
E ocultam uma alma sombria de menino que perdeu a própria fé
Eu queria me deitar sobre seu dorso
Enxugar suas lágrimas de agonia
Lágrimas secas na longevidade da dor que transparece sob teu sorriso ensaiado
Meu menino, meu amante, meu inteiro, nosso!
Eu queria te contar que perdi o controle dessa estranha paixão
Da minha razão que não deveria estar apaixonada
Eu queria me render trezentos por cento
E oferecer meu coração remendado em troca do seu coração despedaçado
Eu tenho medo, meu menino
Eu estou apavorada, meu amante
Em face do abrigo de seu corpo quente após uma tarde de carícias
Eu me enxergo uma platônica amante sedenta por um sentimento que jamais
ganhará vida
Então eu morro aos poucos
Por esse drama ridículo em ser poeta que não vive por completo
Então eu mato aos poucos
Por esse desejo sufocante em ter meu mundo em seu pensamento
Eu queria me perder no seu sorriso
Eu queria te contar que perdi o controle dessa estranha paixão
-Eu tenho medo, meu menino, estou morta de medo!-
Eu morri, meu menino, afinal."
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