quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Tempo verbal: Presente imperfeito



 Uma poesia por Juliana Andreotti e por Ana Mohan. Sem mais!



Tempo verbal: Presente imperfeito - Por Juliana Andreotti de Barros e Ana Mohan (Setembro de 2013)

Meu amigo
Meu amado desconhecido
Os ventos gélidos congelaram nosso amor de papel
Frágil, inseguro
Como a rocha bruta que entrou em colapso
Meu coração desfaleceu

Meu amante
Muso da minha inspiração
O verão tornou a aquecer nossa paixão de grãos de areia
Intrigante, inconstante, inconcreta
Como o verbo que não se fez carne
Meu coração endureceu

Meu amigo,
Então você bate à porta
Me acorda e  me implora
Me permite ser feliz
Em sombra do teu sofrimento
-Para que tanto tormento?-

Meu amante
Meu menino com os olhos que mudam de cor
Sua alma mudou a minha cor
Escureceu meu sentimento
Atormentou minha razão
-Será você o meu erro ou será a minha salvação?-

Meu passado. Meu presente. Meu futuro?
Minha paz. Meu conseqüente tormento. Meu?
Meu amigo. Meu amante. Nosso?
Minha lágrima curada. Minha lágrima, ainda, ferida...

Meu amigo
Meu amado desconhecido
Ana Mohan está coberta de paixão

Meu amante
Muso da minha inspiração
Juliana está exclusa na compaixão

Meu tempo é presente imperfeito
Na perfeição de um passado dolorido
Na incerteza de um futuro sem o minuto seguinte
Passado. Presente. Futuro... Tic Tac. Tic Tac. Tic...

Um comentário:

  1. muito boa Ju.....adorei!!!

    Apesar de ela denotar algum sofrimento no momento ... se é que ela está baseada em fatos atuais!!! Poeticamente linda e cheia de sentimento... nela conseguimos sentir o que as "duas" poetas sentem....

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