Uma poesia por Juliana Andreotti e por Ana Mohan. Sem mais!
Meu amigo
Meu amado desconhecido
Os ventos gélidos congelaram
nosso amor de papel
Frágil, inseguro
Como a rocha bruta que entrou em
colapso
Meu coração desfaleceu
Meu amante
Muso da minha inspiração
O verão tornou a aquecer nossa
paixão de grãos de areia
Intrigante, inconstante, inconcreta
Como o verbo que não se fez
carne
Meu coração endureceu
Meu amigo,
Então você bate à porta
Me acorda e me implora
Me permite ser feliz
Em sombra do teu sofrimento
-Para que tanto tormento?-
Meu amante
Meu menino com os olhos que mudam
de cor
Sua alma mudou a minha cor
Escureceu meu sentimento
Atormentou minha razão
-Será você o meu erro ou será a minha
salvação?-
Meu passado. Meu presente. Meu
futuro?
Minha paz. Meu conseqüente tormento.
Meu?
Meu amigo. Meu amante. Nosso?
Minha lágrima curada. Minha
lágrima, ainda, ferida...
Meu amigo
Meu amado desconhecido
Ana Mohan está coberta de paixão
Meu amante
Muso da minha inspiração
Juliana está exclusa na compaixão
Meu tempo é presente imperfeito
Na perfeição de um passado
dolorido
Na incerteza de um futuro sem o
minuto seguinte
Passado. Presente. Futuro... Tic Tac. Tic Tac. Tic...
muito boa Ju.....adorei!!!
ResponderExcluirApesar de ela denotar algum sofrimento no momento ... se é que ela está baseada em fatos atuais!!! Poeticamente linda e cheia de sentimento... nela conseguimos sentir o que as "duas" poetas sentem....