segunda-feira, 25 de julho de 2011

MY OLDEST PASSION

Esta noite eu tive um sonho. E este sonho me levou a escrever o post que segue.


Quem me conhece sabe que já estudei piano, durante muitos anos (mais precisamente 10 anos). Me formei no conservatório, e em seguida entrei na faculdade (tempo integral) e parei os estudos. 


Uma vez ou outra me pego sentada no banquinho de madeira escura, o mesmo que assentou uma menininha que não alcançava os pés no chão alguns anos antes.


(Pikitita mesmo, em 1900 e bolinha....)


Esta noite eu tive um sonho. Um sonho que me deixou intrigada. Um sonho que me deixou satisfeita, Um sonho que me deixou acordada. Um sonho que me deixou reapaixonada. Um sonho que trouxe a tona a verdade que eu sempre soube: piano é a minha paixão mais antiga e mais recente.


Quantas lembranças boas este instrumento me traz. Por causa dele conheci pessoas incríveis, fiz coisas incríveis, ouvi músicas incríveis... tudo girando em torno dele, o piano. Ele entrou em minha vida quando eu tinha 7 ou 8 anos. Foi presente do meu avô.


Naquela época, minha mãe obrigou meu irmão e eu a frequentar aulas de piano (com a "dona Nayr".. quem esquece??). Era um verdadeiro martírio. Todas as segundas-feiras íamos os dois pequeninos até o casarão de esquina fazer uma longa hora de aula. Brigávamos, apostávamos, fazíamos mil facetas para ver quem seria o primeiro a se livrar logo da obrigação e poder ir para as escadas do mini-jardim da frente da casa. Quem "perdia" ficava se torturando durante a hora anterior inteira, enquanto imaginava a satisfação da pessoa que estaria livre em alguns instantes. E assim permaneceu por algum tempo.


Era uma guerra a hora dos estudos em casa. A faxineira, a mandado de minha mãe, cronometrava os milésimos de segundos enquanto praticávamos as lições do "Solfejando". Trinta segundos de descanso para tomar um copo d'água eram descontados precisamente do tempo que corria. Era uma pedra no sapato para os dois pequeninos que só queriam tocar "dó-re-mi-fá".


Passado alguns anos e a guerra na hora dos estudos se repetindo, minha mãe chegou para nós e soltou 'chega, vocês não precisam mais estudar piano. Podem parar hoje mesmo se quiserem". Houve fogos de artifício e festança na ocasião. Não me recordo se meu irmão parou, porém eu imediatamente pedi as contas do instrumento.


A ausência da obrigação me levou a perceber que eu sentia falta de tocar piano. Eu estava na aborrecência (indo para o meu primeiro ano do colegial) quando me ofereceram o curso no conservatório Gomes Cardim (inicialmente ministrado no Pio X). Com um pé atrás comecei a frequentar o conservatório. Deste dia em diante a paixão pelo instrumento e tudo relacionado a ele aflorou e se fez concreta em minha vida.


A formatura foi um dos picos mais satisfatórios da minha vida. Lembro como se fosse ontem... foi lindo, foi emocionante!!!


(Formatura do conservatório - 2003, no Solar do Barão)

(Formatura do conservatório - 2003, no Solar do Barão)

(Formandos e coral do conservatório - 2003)

Quando comecei a faculdade, após a formatura, parei as aulas e até hoje me arrependo. Vez ou outra me pego com vontade de tocar. Vou até a sala, onde está meu querido piano, e me aventuro a tirar algumas músicas diversas. A falta de prática leva a falta de perfeição, mas quando me tranco na sala (sim, tocar é algo que gosto de fazer quando estou sozinha, pois me perco no tempo e libero tudo que estou sentindo em cada teclada no instrumento) o tempo pára e me sinto a mesma menininha maravilhada que tocava "dó-ré-mi-fá" no velho apartamento......

Vou parar por aqui, senão o post ficará muito longo, afinal são 15 anos de história, pra mais!!!

Fica aqui algumas fotinhos da Pikitita já adulta, anos após sua formatura, carregando a mesma antiga paixão por seu querido piano....

beijos a todos!!!

(Noite de Dezembro em minha casa - 2010)

(Noite de Dezembro em minha casa - 2010)

(Oito anos após minha formatura, sentada no mesmo banco.... emoção inexplicável - 2011)





quarta-feira, 13 de julho de 2011

BANG BANGS

Boa noite pessoas queridas!!

Hoje não estou muito inspirada pra escrever. Vim aqui mostrar a mudança não muito radical que fiz no visual este fim de semana. Tive um surto na cabeleireira e soltei "pode podar!" kkkkk. Mas ainda não foi desta vez que tive coragem suficiente pra diminuir o comprimento das madeixas.


PS.: após escrever o post retiro a mentira que disse acima. Foi só começar a escrever que a inspiração apareceu!!!

Meu cabelo era virgem imaculado até o ano passado (sim, passei 24 anos de minha existência sem pintar um fiozinho sequer). Eu tinha horrores em mudar meu cabelo, por mais que desejasse que sua tonalidade fosse mais clara, só que a coragem não vinha nunca. Foi só em 2010 que me benzi e me joguei no mundo das luzes.

No dia que decidi fazer a mudança, meu namorado foi me buscar na cabeleireira. Eu entrei no carro, ele olhou assustado pra mim e soltou um "você está LOIRA!!!!". Para uma recém ex imaculada isso foi um choque. Para uma pessoa cujas madeixas foram durante 24 anos PRETAS, chegar com alguns fios mais claros foi um rebuliço.

Madeixas pós "luzes", 2010.

Então o faniquito de mudanças começou. 

Este ano decidi mudar o corte. Um belo dia, num churrasco entre amigos, conheci uma figura que se titulava cabeleireiro, que estava doidinho da silva pra botar a tesoura nas minhas madeixas. Eu até estava disposta a arriscar, até vê-lo dançando "Louca" enquanto fazia uma caipirinha, e ver a falta de habilidade que ele tinha com as mãos. Porém uma coisa que ele me disse ficou na cabeça. Ele comentou que meu corte de cabelo era "pesado demais" pro meu rosto. E eu realmente concordava. 

Após uma tentativa fracassada no começo deste ano, desta vez resolvi cortar minha FRANJA (o pesadelo que eu havia esquecido que existia na minha vida).

Eu tive franja (the original) até cerca dos meus 14 anos. Era uma tortura todo dia acordar e arrumar a dita cuja. Tinha que molhar. Depois secar. Depois escovar. Depois modelar. Então passei 10 anos sem ela, UFA. Decidi cortá-la de novo. Gostei do resultado, só não gostei das lembranças que voltaram sobre o trabalho que a inocente franjinha dava.

Ah, por isso o "título" do post. BANGS, em inglês, significa FRANJA. E curto fazer um trocadilho.....

O resultado vocês conferem aqui!!!



Uma com o namorado, pq ele sempre reclama que não tem foto dele por aqui!!! hehehe

Após cortar o cabelo, decidi cortar meus pés fora!!!! Ou quase isso!!! Fui na pedicure e ela quase arrancou um dedinho meu fora, tirei até foto da mutilação, mas não vou assustá-los por aqui hehehehe.

Beijos a ótima semana a todos!!

"Seu mundo muda quando você muda".

That's it.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

CONFESSIONS OF A SHOPAHOLIC*

Oi. Meu nome é Juliana.Tenho 25 anos. Minha última compra (unnecessary) foi há 28 horas.


Sou uma viciada em compras.


(* o título deste post faz menção ao título original do filme "Os delírios de Consumo de Becky Bloom)


Tudo começou quando recebi meu primeiro salário. Foi em 2004, quando ajudava meu avô com os negócios dele. O montante no final do mês era tão simplório que, hoje, não sei como sobrevivi com tão pouco. Eu era uma consumista em potencial e não sabia.


As necessidades eram outras. As utopias eram diferentes. Os objetos de desejo custavam menos. Os modelitos eram mais simplórios. As maquiagens passavam despercebidas.


Até que um belo infeliz dia, fui apresentada ao mundo paralelo, onde "ter praticamente tudo não é o suficiente"!!! Quanto mais tenho, mais quero ter. Quanto mais compro, mais sai do meu bolso (leia-se: mais é debitado do meu cartão).


Meu primeiro salário não pagaria o valor mínimo da fatura do meu cartão. Oh my!!! Eu tinha pouco e era feliz. Eu comecei a comprar muito e fiquei muito mais feliz. Opa. Perigo a vista.


No filme citado acima, a personagem Rebecca Bloom diz algo que muitas mulheres não vão negar: quando você faz compras, o mundo fica mais bonito!!!


O cheiro da roupa nova. A cor do esmalte novo que nunca fora aberto. O brilho reluzente da bijuteria que acabou de sair da loja, direto pra sua prateleira. O conforto dolorido de um par de scarpin novo. A delicadeza da maquiagem intacta...











E quando você passa o cartão, e quando você entrega com dor no coração aquela nota suada de 100 reais, a vendedora coloca tudo numa sacolinha perfeita, e tudo pertence somente a você!!!


E como essa sensação é uma delícia, você passa a repeti-la com frequências cada vez menos esparsas. E um belo dia a fatura do seu cartão de crédito, que até então você considerava seu melhor amigo, chega, imponente, e faz sua perna se dobrar em cinco. Você cai de costas e não sabe o porque. Mas você sabe que se sair e comprar alguma coisa,vai se sentir bem outra vez.


E agora, cadê você??


Fui!!!!!!!!!!


(Nota da Pikitita: Sim, Eu sou uma "shopaholic". Não sou tão holic como descrevi no post. A imaginação brota fácil quando escrevo de coisas que me dão prazer. Mas isso é uma realidade triste na vida de algumas pessoas.)