terça-feira, 16 de julho de 2013

Poema da Razão Inconsequente


Para meu menino com os olhos que mudam de cor! (A autora)

Poema da razão inconsequente - Por Ana Mohan (Julho/2013)

"A boca dele tem gosto de pecado

A pele dele tem cheiro de pecado

O corpo dele me faz querer, pecado!



Menino dos olhos que mudam de cor

Menino que acalma com seu sorriso

Menino que aterroriza com sua ausência

Homem sofrido que destrói minha paz com o seu silêncio



O olhar dele me arde com desejo

Me desarma,

Me revela

Me incrimina dessa culpa de querer a rendição

-Corpo e alma de delito-

Estampada sobre um norte que perdeu seu coração



O olhar dele se incendeia com desejo

Me apetece

Me enaltece

Mata minha alma de menina

Florescendo o meu vício de mulher

-Corpo e alma de menino dançarino-

Esculpido de meus sonhos o tormento que ele é



A boca dele insana meu equilíbrio

A pele dele eletriza a minha calma

O corpo dele derrete meu coração de rocha

-Meu coração doente, assassino de amor-

O gosto dele enlouquece meus sentidos mortificados

Os versos dele apaixonam minha poesia vivida

O abraço dele protege meu coração ferido

-Meu coração endurecido, amante da constante boemia-



Meu menino da alma que muda de cor

Que devolveu minha razão para não se apaixonar

-Quanta paixão cabe a nós,

Quantos sonhos podem, ainda, esperar?"




quinta-feira, 11 de julho de 2013

Quando Deus escreve certo...


(Esse não é um texto de caráter religioso! É um texto que expressa a pequena fé que existe dentro de um ser humano, seja ela de qualquer origem ou natureza!).

Dizem as boas línguas que “Deus escreve certo por linhas tortas”. Se for dessa forma eu diria que minha vida é um labirinto medonho, e estou à procura infinda de uma certeza final.
Quantas vezes você já se encontrou naquele dilema acreditando que alcançou o fundo do poço (e ainda cavou e se enterrou um pouco a mais)? Em poucos 27 anos de experiência eu já tive essa sensação mais de uma única vez. 


Certo dia uma alma muito bondosa acariciou meu cabelo enquanto eu me afogava em lágrimas e pensava onde é que eu devia ter parado para não errar tanto, para não me perder tanto, para não perder tanta oportunidade valiosa. E essa alma falou com ternura em meu ouvido “Fique calma, pequena. Uma vez alcançado o fundo do poço, sua única alternativa é começar a subir. Não dá pra cair mais fundo do que você já está”.  Para ser sincera as palavras dessa pessoa não me confortaram nem um tantinho, mas decidi que realmente não havia mais para onde seguir, a não ser que fosse soerguer meu orgulho e determinação.
Eu acredito fielmente que Deus (seja ele Iahweh, Alá, Buda, ...) escreve com linhas muito tortas a nossa história, mas que no fim aquele desenho tosco que não tem sentido algum aos olhos estranhos é a história que cabe a cada um de nós.


Então vejo que continuo caminhando torto, tropeçando em pedregulhos (as vezes tão pequenos que chegam a ser invisíveis aos olhos dos ignorantes), caindo em buracos, chegando ao fundo do poço de diferentes formas...mas lá no fim dessa trilha eu avisto um dia azul com muito sol. Uma praia de águas calmas com areia fina. Uma família unida sorrindo com ternura pro meu rosto desorientado. Uma promessa de que o ciclo vai se repetir e eu vou ter momentos de pico e outros momentos de queda. Tropeçar e cair é humano. Levantar e seguir em frente é divino!


E é por isso que a minha felicidade está nas pequenas coisas.... está no acordar cedo pra ir trabalhar. Está no sorriso da minha mãe no final de um dia cansativo. Está naquele momento que posso me jogar no sofá e assistir meu programa de TV favorito. Está em saber que há um Deus maior que tudo e que todos que olha por mim e por nós todos os dias. E por isso sigo meus dias com um sorriso bobo no rosto, de quem não espera nada além de um final feliz a cada dia que passa!!