segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Poesia póstuma para uma poeta obsoleta

Poesia póstuma para uma poeta obsoleta (por Juliana Andreotti de Barros - janeiro de 2014)

Morte,
Enfim chegastes  para carregar essa alma apodrecida aos céus
Abaixo das gramíneas verdes e com perfume de terra fresca
Cavada em sepultura por um coração que desistiu, finalmente, de tentar

Oh, morte!
Vitoriosa no coração medonho dos amantes enfraquecidos
Escolha indolor em uma via de amores angustiados
Soberana e amarga na rendição de miseráveis infiéis apaixonados

Preces sejam elevadas!
-Esta poesia traz o luto de um coração apodrecido-
Enterrem-me em cova vermífuga com perfume sanguinário
Rasguem-me em versos e reversos
E cubram meu leito da eternidade com manto contaminado por amor