quarta-feira, 23 de março de 2016

Poética (poesia)

Poética
Por Juliana Andreotti de Barros (março/2016)


"Meu coração é pássaro
-Voa e voa e voa!-
Avoado entre ninhos de corações inóspitos
-Querendo pousar!-
Repousando sobre o dorso de um berço construído com espinhos



Minha alma é pena
-Leve quando presa
Solta quando parasita!-
Doente na loucura que é ser sanidade
Sadia na lucidez que é morrer na saudade



Minha prosa é poesia
-Em versos rascunhados no ofício da vida!-
Em letras que não rimam
Em junções que não encaixam
Em estrofes que choram
Em versículos que desfalecem
Em ninhos que não repousam
-Em pássaros assombrados pelo medo de voar!"

sexta-feira, 11 de março de 2016

Apenas palavras oprimidas gritadas à rede

Não é poesia. Tampouco dissertação. Longe de ser carta. É doença, Crônica! (A autora)

"Vai, menina. Enche o peito e rasgue a coragem.
[O mundo é de quem faz!]

Perdeu as rédeas da vida? Aprenda a cavalgar pelo instinto.
Quebrou a cara? Aprenda a recolher os pedaços e a recomeçar.
Machucou a alma? Tenha a certeza que a dor de quem se permite é mais gratificante que a ausência de quem se omite.
Dilacerou o coração? Faça-o mais duas, três vezes, quatro vezes. Quantas for preciso.
Oprimiu os sentimentos? Grite aos ventos o âmago que existe em você.
[O mundo é de quem chora!]

Escreva palavras de amor, e não se prenda a rimas.
Ouça músicas bregas, e não se apague a censuras.
Dance desengonçada, e não se atente a quem te assiste.
[O mundo é de quem move!]

Abrace com todos os músculos.
Beije com todos os nervos.
Faça amor com todos os ossos.
Seja amor com toda a alma.

Vai, menina. Rasgue o peito e encha a coragem.
[O mundo é agora!]"

Por Juliana Andreotti de Barros (Março/2016). Sem título e sem especificações. Apenas palavras oprimidas gritadas à rede.