terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Morte e vida, Poesia!

Morte e vida, Poesia! (Juliana Andreotti de Barros, dezembro de 2013) 


“Meu menino querido 
Quantos erros cabem, ainda, a nós? 
Quantas lágrimas cair-se-ão para alimentar 
Seu calar ensurdecedor 
Seu abraço sufocado? 

Ah, meu menino 
Se soubesses o quanto sangro 
Por não poder te amar 
Por não poder te encantar 
Por não poder te enxergar
Por temor a exaltar com vida 
Esse sentimento que me assassina por dentro? 

Meus dias ganharam cor 
Transbordando na paixão enganosa do teu olhar 
Meus sonhos transfiguraram esperanças 
Nas promessas ocultas
De nada em troca saber esperar

E no silêncio esculpido em meus versos enfadonhos 
-Cantigas de ninar que alimentam seu orgulho soberano- 
Eu te amo, eu te encanto, eu te enxergo 
Eu exalto com morte 
Um sentimento que, covarde, ganha vida.”