quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Para um Vinícius com uma dose de Juliana


E como dizia o poeta, MEU poeta, MEU Vinícius

“Ai de quem não rasga o coração,
Esse não vai ter perdão.
Quem nunca curtiu uma paixão,
Nunca vai ter nada, não.” (Como dizia o Poeta)

A poesia maneira manjada e mal-criada abaixo é única e exclusivamente para o maior amor que nunca conheci. 

Para Vinícius de Moraes.

Para um Vinícius com uma dose de Juliana (Por Juliana Andreotti de Barros - Novembro de 2012)

Bom mesmo seria ter conhecido Vinícius
A gente sentaria nos bancos em uma mesa de bar
Conversaríamos sobre amores passados, paixões presentes, desilusões futuras!

EU começaria a me apaixonar
ELE simpatizaria cada sentimento confuso que não consigo enxergar
EU teria meu coração despedaçado
ELE teria conteúdo pra mais um versinho sem rima
EU sonharia com ele todas as noites
ELE esqueceria meu nome na dedicação da poesia
POETINHA porreta
MULHERENGO incurável

Seria um caso adorável
E eu escreveria uma Poesia da Rima Pobre 
Que cairia no esquecimento do versinho empoeirado
E sonharia com uma tarde no campo deitada em seu dorso
E acordaria entristecida com um bilhete de adeus.

Ah, bom mesmo seria ter conhecido Vinícius!

ELE me cortejaria com sua cafajestice apaixonante
EU me derreteria, travando uma luta angustiante!
ELE sussurraria versos manjados sensualmente em meu ouvido direito
EU arrepiaria de ponta a ponta implorando por mais, esquivando por menos
ELE ouviria com atenção todos os meus desgostos
-e ofereceria compaixão em troca de seu gosto-
EU me renderia à paixão
-Oh, tentação!-
E seríamos um só Vinícius, uma só Juliana!
POETINHA incurável
MULHERENGO porreta

Ah, bom mesmo seria ter conhecido Vinícius!
Pois somente os poetas conseguem enxergar tanta beleza 
Na inquietude de um amor platônico
E na serenidade de um coração despedaçado

Quanto mais intenso, mais ameaçado
Quanto mais distante, mais desejável
Quanto mais inseguro, mais confiável
Quanto mais evidente, mais engana
Quanto mais Vinícius, menos Juliana!

domingo, 25 de novembro de 2012

Poesia nota SEM!



Poesia sem título, sem temática, sem ritmo, sem métrica.... nota sem!

Juliana Andreotti de Barros (Agosto de 2012)

"Todo poeta é exagerado, mas o exagero lhe cai bem

Todo poeta canta a beleza que há no tosco

Todo poeta sofre tempestade em copo de água

Todo poeta tem licença para amar e desamar quando lhe convier

Todo poeta tem noção de que escreve em grego para não gregos

Todo poeta tem coração de ouro, contudo bolsos de pano velho

Todo poeta sabe a beleza de uma paixão platônica
-E a serenidade de um coração despedaçado-

Todo poeta é provido de inspiração-relâmpago em momentos inoportunos

Todo poeta canta liberdade ao amor quando se está preso a um

Todo poeta amanhece com sabedoria de leigo
-E anoitece com sabedoria popular-

Todo poeta sabe que não se é poeta se não puder exagerar!"

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Vinte e Sete tons de Juliana

Inspiração correndo solta nesse coração que não tem cor!

Após as críticas e opiniões do último texto, criei coragem para publicar um texto com conteúdo mais intenso por aqui! (lembrando sempre que todo poeta é movido pelo exagero das coisas!  Todo poeta sofre tempestade em copo de água! Todo poeta canta liberdade ao amor quando se está preso a um, ou todo poeta canta paixões avassaladoras quando está livre como um pássaro preso na gaiola! hahaha).

Boa leitura a todos!!!!!

(Um tom de Juliana para cada gosto!)


Vinte e Sete tons de Juliana - (Por Juliana Andreotti de Barros, em algum momento de 2012)


A pele branca, levemente rosada quando emocionalmente abalada, em contraste chocante com o azul escuro nas unhas da mão.
Os lábios queimam num vermelho lascivo, volumosos pelo desejo que arde.
Os olhos castanhos, não tão sombrios, não tão reluzentes...olhos grandes, famintos pela tua presença.
Os fios de cabelo ora morenos, ora cor de mel, ora louros. Depende do ângulo de visão.
O coração, amarelo palha! E sangue roxo correndo nas veias.

As emoções, acinzentadas.
As sensações, desordenadas e incolores.

Tornei-me vítima de minha própria armadilha cor de rosa.
Me apaixonei perdidamente por um tom neutro e já não consigo colorir amores.
(Estou presa a uma armadilha transparente que impossibilita o meu seguir em frente.)

Tenho vontade de gritar TODAS AS CORES!

Quero sentir a boca queimando com essa paixão!
Quero sentir o coração despedaçado pela ausência da tua voz amanhecida!
Quero sentir seu calor gelado, distante, inseguro!
Quero misturar cores,
Quero criar sabores,
Quero assistir a incontáveis tons de pôr-do-sol!

Tenho vontade de sussurrar palavras marcantes, sentimentos errantes, meus desejos censurados!

Tornei-me vítima de minha própria armadilha desarmada.
Me apaixonei perdidamente por você.

Vinte e sete tons de borboletas em festa no meu estômago.
Vinte e sete tons de amargura pigmentando meu sangue roxo.
Vinte e sete tons de interrogação colorindo meu coração cor de palha.
Vinte e sete tons de poetisa em busca de uma única cor para sua vida!



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Pequeno ensaio para não se apaixonar!

Mais um post sem pé, cabeça ou coração desta pequena que tenta entender um mundo ao qual ela, definitivamente, não pertence! Mas como consumiu minutos do meu dia, não vou jogar na lixeira virtual!

Aproveitem o que sobrou do meu "eu poético"... já adianto que não foi muita coisa!


Tem dias que preciso fugir da realidade a minha maneira.
Nesses dias gosto de pegar o carro e dirigir sem rumo, embora o destino seja previsível.
Gosto de abrir as janelas do automóvel e sentir o vento bater certeiro no rosto, cortando todos os vínculos com a menina de escritório, dando uma sensação passageira de liberdade incondicional.
Eu gosto de ouvir as músicas mais bregas sobre amor platônico, e gosto de pensar ao olhar pro céu, procurando por respostas que estão mais perto do que finjo não saber.
Então procuro respostas. E encontro mais perguntas. A solução foge do meu alcance, e tudo que posso fazer é continuar sonhando acordada com a pequenina que já habitou meu coração.

Eu tenho saudade dos meus dias de inocência. Não sou tão experiente a ponto de dizer que sei tudo da vida, mas ela se encarregou de colocar bastante pedra, espinho e arame farpado no meu caminho. Cometer erros e repeti-los algumas vezes mais é humano. Chega uma hora que, de tanto se ferrar, é inevitável começar a acertar!
Eu tenho saudade dos meus dias de inocência, da minha pequena que não via maldade em nada. Daquela menininha meiga de tão doce, que veemente acreditava na pureza das coisas e das pessoas. Ah, eu sinto tanta falta dela! (...)

Tem dias que preciso fugir da realidade a minha maneira.
Nesses dias gosto de pensar nos meus amores, nas minhas paixões, nas minhas aspirações, nas minhas inspirações..
Gosto de olhar pra trás e não me arrepender de nada. Gosto de olhar pra frente e não ter medo de nada. Gosto de olhar para os dois lados e saber que estou em companhia de quem queria estar....Já falaram que meu coração é um quebra-cabeça, e digo mais: é um quebra-cabeça com apenas duas peças! O problema surge quando cada peça possui, pelo menos, 500 vértices...fica difícil encaixar!


Eu diria que estou apaixonada. Mas eu sempre fui uma pessoa apaixonada, fica difícil saber!
Eu diria que sou uma pessoa complexa. Mas eu sempre fui uma pessoa complexa, fica difícil estabelecer!
Eu diria que gosto de pessoas intensas. Sentimentos intensos. Sofrimento intenso. Drama intenso. Mas é assim que a vida de um poeta tem que ser! (fica difícil não saber...)
Eu diria que estou envolvida. Mas eu sempre fui uma pessoa envolvida com tudo que acontece em minha volta, fica difícil entender...


Tem dias que preciso fugir da realidade a minha maneira.
Nesses dias gosto de pensar nos meus horrores, nas minhas perdições, nas minhas tentações, nos meus desgostos..
Então sinto uma imensa saudade da minha inocência. Sinto falta de me apaixonar pelas coisas simples e cotidianas. Sinto falta de me apaixonar por primeiras intenções. Sinto falta do inocente pesar da paixão adolescente (inocente até minha época....hoje em dia já não acredito que seja mais assim).... 
Apaixonar, se apaixonar, me apaixonar.... E por que bater sempre na mesma tecla? Eu sou uma mulher movida a paixões. Pode ser paixão por um filme, por um livro, por uma lembrança, por uma esperança, por uma coisa tosca, por uma vontade, por uma pessoa, por um chocolate.... 
A verdade é que à medida que envelhecemos, SE APAIXONAR não é mais tão tentador assim. Estar apaixonado perde um pouco da graça ao longo dos anos, perde sua essência.... Nos velhos tempos a paixão tomava tempo até ser concretizada, até ter uma certeza..e quando essa certeza aparecia, séculos se passavam até alcançar a pessoa ou coisa desejada, e o êxtase da espera era delirante! Hoje tem paixões que duram alguns dias. Tem paixões que duram algumas HORAS! Tem gente que não acredita, mas eu já sofri mal de amor platônico. E não me arrependo. Eu já me apaixonei muito nessa vida, e a maior parte das vezes fui correspondida. Mas essa paixão platônica me fez perder a cabeça. Eu provei do exagero de amor camoniano, da intensidade ridícula de paixonite shakespeariana, de saudade não correspondida de Vinícius de Moraes.... Foi horrível, mas foi a melhor coisa que me aconteceu! Foi o período que minha poesia tomou forma e criou coragem pra dar a cara a bater! No final das contas, fui vítima das minhas próprias fantasias. Plantei amor e colhi versos sangrentos. Depois disso se apaixonar nunca mais teve o mesmo efeito pra mim.
Minha mente é um punhado de trilhos sem direção. Mas todos eles se direcionam pra um lugar comum sempre. Eu escrevo para minha satisfação, para meu prazer, para minha compreensão. Algumas vezes as pessoas encontram algo válido em meio a meus devaneios. A maior parte das vezes não. Esse texto é fruto de uma fuga da minha realidade a procura de mais perguntas que não têm resposta. E em meio a tanta coisa sem sentido, encontrei o sentido que eu procurava pra sensação incomum que me provoca incômodo nos últimos dias. 
Talvez eu queira escrever mais. Talvez eu devesse ter escrito menos. Mas nós poetas (nós quem, Juliana?) temos essa vontade inexprimível de manifestar qualquer coisa que seja!
Pra quem não extraiu nada de válido desse texto sem pé nem cabeça, vou deixar uma dica pra não falarem que todo o blábláblá ai em cima foi tempo perdido. É uma dica jargão, e tenho certeza que muitos já ouviram por ai, mas é uma dica: não se apaixone, nunca, jamais!
Tenho dito. Ponto final?