Boa noite pessoas queridas!!!!Faz tempo que eu não posto nada aqui..... Não vou ficar com blablablas e vou direto ao assunto. O Post de hoje será diferente. A pedido de amigos que querem conhecer um pouco de minha poesia, decidi publicar um de meus poemas aqui pra vocês. Faz anos que não escrevo poemas.... e no post de hoje não vou enrolar vcs com toda história de como minha paixão por poesias começou, quando comecei a escrever poesias e pq parei. Minhas poesias são escassas, sem temática definida e tem pra todos os gostos (satíricas, românticas, desabafos, revoltas..... entre outras!!!)
Para postar no Blog escolhi uma das minhas prediletas, que quase foi proclamada num evento público, mas na hora H eu realmente fui patife e não compareci. Arrependimentos a parte, a poesia é um pouco longa, mas espero que gostem, e quero a opinião sincera de vcs, pq ela vale muito pra mim (críticas e elogios são sempre bons!!!)
Quem quiser saber mais sobre a "história" da poesia não hesite em perguntar.... seja por e-mail, twitter, facebook, orkut, sinal de fumaça, carta, telegrama, ou oq preferir!!! não vou contar aqui pq a poesia em si já é longa!!! Só uma observação: eu estava numa fase extremamente patriota quando escrevi a poesia que segue rsrsrs (e a poesia é um tanto "cantada" durante a leitura hehehe). Espero, sinceramente, que gostem!!
Ah.... só para constar, a poesia possui direitos autorais!!!
NA BOCA DO POVO - por Juliana Andreotti, Outubro de 2004
"Amo o meu país
Amo o nosso Povo
Gente que matuta
Pra não ter que mendigar
"Gosto porque gosto
Gosto porque sim"
Gosto e não quero
Povo meu longe de mim
E de amor por Gente Nossa
Resolvi assim falar
Pros gentalhas lá de fora
Sem viver o aqui, o agora
Num barzinho pub afora
Ficam a gente a criticar
Povo meu é gente simples
Muitas vezes não tem casa
Mas Meu Povo é experto
É humilde. Trabalhador.
Sabadão, o sol a pino,
Minha Gente tá no centro
Compra tudo. Paga tudo
(Só não dá tudo em dinheiro)
Vai pro ponto, pega ônibus
Chega em casa, televisão
Depois do almoço, a "cochilada"
Porque Meu Povo não é ferro não.
No domingo, churrascada
Vem os tios e a criançada
"Coxão duro", "Refrigereco Há"
O importante é festejar.
Time ganha
povo tá feliz.
Segunda-feira mal amada
É moleza encarar.
Só não é mole,
E a Gente afirma,
Dor de barriga
Ao levantar.
Meu Povo é alegre.
É sofredor.
Mas logo esquece
Pois tudo aquece
E vira cinzas
Com o calor.
Na praça do parque
Meninos com pipa
Velhinhos trucando
Velhinhas bordando
Fofoca em dia
Fofoca saudável.
Puro conhecimento
Sabedoria experiente
Não de fonte científica
(Minha Gente não é cobaia)
Gente Nossa é sabida.
E o jeitinho do meu povo?
Esquecia de falar.
Gente aqui além de bela
Tem sacada a invejar
Manjada Maneira Manhosa Mamada
Que só Povo Meu consegue bolar.
Sacada Surdina Safada Sinistra
Jeitinho que a Gente não vive sem dar.
Povo Meu tá na rua
Tá na pindura
Jogada ao chão.
Gente Minha
Embriagada
No fim do dia
Na solidão.
Mas esse Povo
É sempre feliz
No claro e no escuro
Princípio e fim
Com chuva sem chuva
Friozinho ou calor
Vivendo do nada
Sem água nem luz
Barraca sem porta
Janela sem vidro
Tudinho é perigo...
Mas a Gente é valente.
Não tem medo não.
Se falta comida
(Trocado é fortuna)
Vai logo pra pista
(E enche a barriga)
Correr carro a carro
Mostrando a mão.
Final de um dia
Povo Meu vai pra casa
Novela mexicana
Jornal da Nação.
Novela das oito
Começa as nove
E a Gente espera
Pra chorar no final
Dormindo as dez
Acorda as onze
Marmita na mala
(A Benção do Pai)
Estrada açoitada
Caminho do amanhã
Que leva ao nada
E ainda tem rã.
.
.
.
Povo Meu, me perdoe
Este pobre cantar
Gente Nossa merece
(Muito além de uma prece)
Poesia das fina
Pra poder celebrar."