terça-feira, 30 de agosto de 2011

RECEITA DE COMO AMAR

Hoje segue outra poesia de minha autoria.....

Sem mais delonga, a poesia (cujo título é o mesmo da postagem!!!)

e a poetisa disse "todos pensam que são, mas ninguém sabe que não é"

RECEITA DE COMO AMAR - Juliana Andreotti de Barros (23/02/2005)

"Ingredientes,
Sem exageros,
Estão no mundo
(não são dinheiro)
Encontre agora
Ou nunca o faça
A validade
É limitada

Misture raiva
E impaciência
Tempere fúria
(sem desavença)
Soque com força -
Até sangrar -
Pingue dez lágrimas
Deixe penar

Para o recheio
Muita oração
Pouquinhos tapas
Bastante abraço
(com muita força
e um beijo estalo)

A cobertura
Deixo a seu gosto
OU felicidade
Ou consternação.
Só não se esqueça
(pois muda o gosto)
Uma pitada
De pó paixão

O rendimento
(não da pra nada)
Uns dois segundos
Vira fumaça
Mas vale a pena
Amar um pouco
Pois não engorda
Nem deixa louco

Depois de tudo
Repita a dose
Lamba os dedinhos
Não se avexe!
Só não exagere
Na piedade
Receita finda
Vira Saudade."

Obs.: estou postando poesias mais lights, pois se postar aquelas que escrevi para paixões platônicas que nunca existiram é capaz de assustar a todos com meus versinhos nada frouxos!!!!! =)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

POETISA DE ACOLÁ

Boa noite pessoas!!!!


Hoje venho aqui para postar mais uma poesia de minha autoria... este post já estava pronto, porém a lerda aqui deu um jeito de fechar a página, derrubar o laptop e, pra terminar, decidir por postar outra poesia que não era a primeira opção!!!!


Então, sem mais demora, ai vou eu!


A poesia de hoje foi escrita numa fase onde eu estava irritada com a Academia (ABL), e com um autor em particular, mas isso não vem ao acaso.... (e a própria poesia revela quem é o autor em questão).


Só lembrando que minhas poesias possuem direitos autorais ;)


IMORTAL - por Juliana Andreotti de Barros (02/06/2004)


"Cadeira.
Para que preciso de uma?
Não estou cansada nem tenho vontade de sentar
Quero sonhar.


Dizia Clarice
"Quero os biscoitos"
Devem ser saborosos
E ter formato de letrinhas
A,B , ..., L, ...


Com o chá não me importo
Talvez seja quente demais
E a fumaça pode dissipar minha inspiração.
Uma vida em vão.


Digo eu
"Quero distância da cenoura"
Espécie que alimenta coelhinhos
Criados em laboratórios
Em pouco mais de dez minutos. Talvez onze.


Rabiscar.
O único desejo permanente
Da poetazinha
Que não malha a Academia
Mas que canta toda a vida
Por amor em inventar"



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

E UM DIA ELA QUIS MUDAR O MUNDO....

Boa noite pessoas queridas!!!!Faz tempo que eu não posto nada aqui..... Não vou ficar com blablablas e vou direto ao assunto. O Post de hoje será diferente. A pedido de amigos que querem conhecer um pouco de minha poesia, decidi publicar um de meus poemas aqui pra vocês. Faz anos que não escrevo poemas.... e no post de hoje não vou enrolar vcs com toda história de como minha paixão por poesias começou, quando comecei a escrever poesias e pq parei. Minhas poesias são escassas, sem temática definida e tem pra todos os gostos (satíricas, românticas, desabafos, revoltas..... entre outras!!!)

Para postar no Blog escolhi uma das minhas prediletas, que quase foi proclamada num evento público, mas na hora H eu realmente fui patife e não compareci. Arrependimentos a parte, a poesia é um pouco longa, mas espero que gostem, e quero a opinião sincera de vcs, pq ela vale muito pra mim (críticas e elogios são sempre bons!!!)

Quem quiser saber mais sobre a "história" da poesia não hesite em perguntar.... seja por e-mail, twitter, facebook, orkut, sinal de fumaça, carta, telegrama, ou oq preferir!!! não vou contar aqui pq a poesia em si já é longa!!! Só uma observação: eu estava numa fase extremamente patriota quando escrevi a poesia que segue rsrsrs (e a poesia é um tanto "cantada" durante a leitura hehehe). Espero, sinceramente, que gostem!!

Ah.... só para constar, a poesia possui direitos autorais!!!



NA BOCA DO POVO - por Juliana Andreotti, Outubro de 2004

"Amo o meu país
Amo o nosso Povo
Gente que matuta
Pra não ter que mendigar

"Gosto porque gosto
Gosto porque sim"
Gosto e não quero
Povo meu longe de mim

E de amor por Gente Nossa
Resolvi assim falar
Pros gentalhas lá de fora
Sem viver o aqui, o agora
Num barzinho pub afora
Ficam a gente a criticar

Povo meu é gente simples
Muitas vezes não tem casa
Mas Meu Povo é experto
É humilde. Trabalhador.

Sabadão, o sol a pino,
Minha Gente tá no centro
Compra tudo. Paga tudo
(Só não dá tudo em dinheiro)
Vai pro ponto, pega ônibus
Chega em casa, televisão
Depois do almoço, a "cochilada"
Porque  Meu Povo não é ferro não.

No domingo, churrascada
Vem os tios e a criançada
"Coxão duro", "Refrigereco Há"
O importante é festejar.

Time ganha
povo tá feliz.
Segunda-feira mal amada
É moleza encarar.
Só não é mole,
E a Gente afirma,
Dor de barriga
Ao levantar.

Meu Povo é alegre.
É sofredor.
Mas logo esquece
Pois tudo aquece
E vira cinzas
Com o calor.

Na praça do parque
Meninos com pipa
Velhinhos trucando
Velhinhas bordando
Fofoca em dia
Fofoca saudável.
Puro conhecimento
Sabedoria experiente
Não de fonte científica
(Minha Gente não é cobaia)
Gente Nossa é sabida.

E o jeitinho do meu povo?
Esquecia de falar.
Gente aqui além de bela
Tem sacada a invejar
Manjada Maneira Manhosa Mamada
Que só Povo Meu consegue bolar.
Sacada Surdina Safada Sinistra
Jeitinho que a Gente não vive sem dar.

Povo Meu tá na rua
Tá na pindura
Jogada ao chão.
Gente Minha
Embriagada
No fim do dia
Na solidão.

Mas esse Povo
É sempre feliz
No claro e no escuro
Princípio e fim
Com chuva sem chuva
Friozinho ou calor
Vivendo do nada
Sem água nem luz
Barraca sem porta
Janela sem vidro
Tudinho é perigo...

Mas a Gente é valente.
Não tem medo não.
Se falta comida
(Trocado é fortuna)
Vai logo pra pista
(E enche a barriga)
Correr carro a carro
Mostrando a mão.

Final de um dia
Povo Meu vai pra casa
Novela mexicana
Jornal da Nação.
Novela das oito
Começa as nove
E a Gente espera
Pra chorar no final

Dormindo as dez
Acorda as onze
Marmita na mala
(A Benção do Pai)
Estrada açoitada
Caminho do amanhã
Que leva ao nada
E ainda tem rã.
.
.
.
Povo Meu, me perdoe
Este pobre cantar
Gente Nossa merece
(Muito além de uma prece)
Poesia das fina
Pra poder celebrar."